Setembro Dourado: diagnóstico precoce do câncer infantojuvenil pode garantir até 80% de cura

Estimativa do INCA aponta quase 8 mil novos casos por ano no Brasil

por: Redação

O câncer infantojuvenil é a principal causa de morte por doença entre crianças e adolescentes de 1 a 19 anos no Brasil, sendo responsável por cerca de 8% dos óbitos nessa faixa etária, segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA). Apesar da gravidade, especialistas reforçam que o diagnóstico precoce pode elevar as chances de cura para até 80%.

Nos últimos anos, os avanços nos tratamentos permitiram que mais de 85% das crianças diagnosticadas sobrevivessem por cinco anos ou mais. A campanha Setembro Dourado reforça essa conscientização e alerta a população sobre a importância de identificar os primeiros sinais da doença e iniciar rapidamente o tratamento adequado.

Entre os principais sinais estão palidez, caroços, febre persistente, perda de apetite e manchas roxas pelo corpo. A recomendação é que, diante desses sintomas, os pais ou responsáveis procurem imediatamente avaliação médica.

Segundo a oncohematologista pediátrica Daniely Feitosa, integrante da equipe do Núcleo de Apoio à Criança com Câncer (NACC), o câncer infantil difere do adulto por não estar associado a hábitos de vida, fatores ambientais ou hereditariedade, mas sim a alterações genéticas. Os tipos mais frequentes entre crianças e adolescentes são leucemias, linfomas e tumores do sistema nervoso central.

Com 40 anos de atuação, o NACC oferece suporte às crianças e suas famílias durante o tratamento nas unidades hospitalares de Recife. Localizado no bairro dos Aflitos, Zona Norte da cidade, a instituição desempenha um papel fundamental no apoio ao tratamento oncológico infantil. Mantida exclusivamente por doações e pela colaboração de profissionais e voluntários, a entidade oferece seus serviços de forma totalmente gratuita, garantindo que famílias carentes possam dar continuidade ao tratamento com dignidade.

“O NACC é fundamental na vida dessas crianças e de suas famílias. Sem esse suporte, muitas podem desistir do tratamento, especialmente porque moram longe das unidades hospitalares. O que proporcionamos é justamente esse acolhimento, para que o tratamento seja ininterrupto e as chances de cura aumentem”, reforça a diretora-presidente, Arli Pedrosa.

O NACC oferece hospedagem, alimentação, cestas básicas, leite e suplementação alimentar, além de transporte e auxílio com passagens. As crianças também têm acesso a sala de aula, brinquedoteca e programas educativos, além de acompanhamento por profissionais de nutrição e odontologia, garantindo um apoio completo durante o tratamento.

 

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