Quase metade dos brasileiros já consegue poupar para emergências de até três meses — levantamento também indica que 59% usam ferramentas digitais semanalmente e 87% utilizam o PIX, destacando a digitalização do comportamento financeiro no país.
Sobre a pesquisa
O estudo foi realizado pelo Santander, em parceria com o instituto Ipsos UK, como parte da Pesquisa Global de Educação Financeira 2025. Foram ouvidas cerca de 20 mil pessoas em dez países da Europa e das Américas, sendo mais de 2 mil entrevistados no Brasil. Para mais informações, veja o site do Santander.
Principais resultados
- 84% dos brasileiros afirmam acompanhar seus gastos mensais, acima da média global de 79%.
- 47% dizem conseguir poupar o suficiente para cobrir despesas por até três meses.
- 91% no Brasil gostariam de ter aprendido educação financeira na escola, percentual superior à média global de 84%.
- Educação financeira foi apontada como a segunda disciplina mais relevante no currículo escolar, atrás apenas da Matemática.
Compreensão de conceitos financeiros
Apesar da autoconfiança declarada — 73% globalmente afirmam ter confiança para gerir finanças — há lacunas no entendimento real. Na questão sobre inflação, a maioria global (68%) errou a resposta correta; no Brasil o erro atingiu 73%. Na pergunta sobre juros simples em uma poupança de 2% ao ano sobre US$100, 67% dos brasileiros erraram, contra 48% na média global. As perguntas do levantamento foram formuladas para avaliar conceitos básicos, como ‘o que acontece com os preços se a inflação anual cair pela metade, mas permanecer acima de zero’ e ‘quanto você esperaria ter após um ano se aplicasse US$100 a 2% ao ano’.
Tecnologia e comportamento financeiro
O Brasil lidera o uso de tecnologia para gestão financeira entre os mercados pesquisados. 59% dos brasileiros usam ferramentas digitais semanalmente para acompanhar finanças, enquanto apenas 13% nunca utilizam recursos on-line. O PIX é citado como porta de entrada para a digitalização, sendo usado por 87% da população (mais detalhes sobre o PIX em Banco Central do Brasil).
Implicações e posicionamento do Santander
“A principal conclusão a que chegamos é que educação financeira materializa um desejo e uma necessidade da maioria da sociedade. Vemos isso em todos os países em que temos presença, e especialmente no Brasil, onde há uma clara oportunidade de evoluir em nossa atuação”, afirma Mario Leão, CEO do Santander Brasil. O banco destaca seu papel em mobilizar agentes públicos e privados para ampliar o conhecimento financeiro na população.
Metodologia
O levantamento entrevistou amostras representativas em dez mercados usando os serviços online i:omnibus e ad hoc da Ipsos. Detalhes por país:
- Reino Unido: 2.139 pessoas (16 a 75 anos)
- EUA: 2.099 pessoas (18 a 75 anos)
- Portugal: 1.970 pessoas (16 a 65 anos)
- Chile: 2.001 pessoas (18 a 65 anos)
- Argentina: 2.002 pessoas (18 a 65 anos)
- Uruguai: 1.454 pessoas (18 a 55 anos)
- México: 2.022 pessoas (18 a 65 anos)
- Brasil: 2.028 pessoas (18 a 65 anos)
- Espanha: 2.118 pessoas (16 a 75 anos)
- Polônia: 2.073 pessoas (16 a 75 anos)
O trabalho de campo ocorreu entre 25 de abril e 21 de maio de 2025. As amostras foram ponderadas por idade, gênero, região, situação profissional, classe social e nível educacional para representar o perfil adulto de cada país.