As dores abdominais não devem ser subestimadas. O sintoma pode indicar problemas graves, como a apendicite, que pode evoluir rapidamente e tornar-se potencialmente fatal se não tratada a tempo. A inflamação do apêndice pode progredir para ruptura e causar infecção generalizada, por isso é essencial buscar atendimento imediato ao surgirem os primeiros sinais.
Sintomas e causas
A apendicite aguda ocorre quando o apêndice, pequena estrutura em forma de tubo ligada ao intestino grosso, fica inflamado. Segundo o cirurgião Pedro Gonzaga, da Hapvida, a obstrução do órgão — geralmente por fezes endurecidas, corpos estranhos ou infecção — é a principal causa do problema. Entre os sintomas mais comuns estão:
- Dor intensa no quadrante inferior direito do abdômen
- Febre
- Náuseas e vômitos
- Perda de apetite
Quem pode ser afetado
O apêndice pode inflamar em indivíduos de qualquer idade, afetando crianças, adultos jovens e idosos. A condição não apresenta predileção por sexo, acometendo homens e mulheres de forma equivalente. Mudanças demográficas, como o aumento da longevidade, têm ampliado as faixas etárias afetadas.
Diagnóstico e urgência
A combinação de dor abdominal e febre, especialmente no quadrante inferior direito, é um sinal de alerta que exige avaliação imediata. O diagnóstico costuma ser confirmado por exames laboratoriais e de imagem, como ultrassonografia ou tomografia computadorizada. Estudos nacionais reforçam a frequência da apendicite como causa de urgência abdominal, como o levantamento publicado no Brazilian Journal of Development, que registrou centenas de milhares de internações entre 2017 e 2021.
Videolaparoscopia como padrão-ouro
O tratamento indicado para apendicite é cirúrgico. Com o avanço tecnológico, a videolaparoscopia tornou-se a técnica minimamente invasiva reconhecida como padrão-ouro. A técnica usa pequenas incisões, reduzindo a dor pós-operatória, o risco de hérnias e acelerando a recuperação.
Vantagens e recuperação típica:
- Alta geralmente no dia seguinte; em casos muito precoces, alta no mesmo dia
- Menor tempo de internação e menor exposição a infecções
- Atividades leves já na primeira semana
- Retomada de direção e tarefas administrativas por volta de sete dias
- Atividades físicas com esforço abdominal liberadas após cerca de 30 dias
Marco na Hapvida
O cirurgião Pedro Gonzaga destaca que o marco de mil procedimentos por videolaparoscopia realizados no Hospital Ilha do Leite foi possível graças ao investimento em equipe e estrutura. A gestão ampliou o acesso dos pacientes ao melhor tratamento disponível. Atualmente, o grupo cirúrgico foi transferido integralmente para o Hospital Ariano Suassuna, onde os atendimentos continuam com a mesma tecnologia e padrão de qualidade oferecidos pela Hapvida.