Os brasileiros gastaram R$ 20 bilhões por mês em apostas esportivas online, entre janeiro e agosto deste ano, segundo o Banco Central. Com a lei de regulamentação das bets sancionada, empresas e apostadores precisarão recolher os tributos devidos no país. Ainda assim, a grande movimentação financeira levanta preocupações sobre seu impacto nos negócios e na vida das pessoas.
Uma pesquisa do Instituto Locomotiva revelou que 86% dos apostadores entrevistados estão endividados. Conforme relatório do Banco Central, a maioria dos apostadores tem entre 20 e 30 anos, e 5 milhões são beneficiários do Bolsa Família, indicando um perfil de baixa renda. Esse cenário de endividamento pode afetar significativamente a produtividade nas empresas.
Segundo a Associação Brasileira dos Educadores Financeiros, 58% dos trabalhadores com problemas financeiros apresentam queda na produtividade. A preocupação excessiva leva ao “presenteísmo”, onde o colaborador está fisicamente presente, mas incapaz de desempenhar suas funções adequadamente. Para aumentar a produtividade e cuidar da saúde mental dos colaboradores, é crucial que as empresas promovam treinamentos em educação financeira. Isso inclui ensinar controle financeiro pessoal e, se possível, oferecer suporte psicológico.
No Grupo Trino, por exemplo, temos a Auster como parceira, especializada em soluções comportamentais para crises, incluindo problemas financeiros, distúrbios alimentares e dependência alcoólica. Embora não exista uma solução única para prevenir o endividamento, especialmente em equipes jovens e de baixa renda, é fundamental lembrar que o sucesso da empresa depende do bem-estar de seus colaboradores.
As empresas devem adotar medidas proativas para mitigar os impactos negativos do endividamento. Cuidar da equipe é cuidar da própria empresa, e investir no bem-estar dos colaboradores é essencial para alcançar bons resultados. Lembre-se: ao cuidar do outro, você também cuida de si mesmo.
Jéssica Couto é diretora de Marketing do Grupo Trino
