Especialistas tiram dúvidas sobre a melhor idade para matricular as crianças na escola

Pedagoga e psicóloga dão dicas para uma adaptação tranquila

by Redação

Com a aproximação do período de matrículas, muitos pais se questionam sobre o momento ideal para inserir seus filhos na vida escolar. No Brasil, a legislação exige matrícula na educação infantil a partir dos 4 anos, mas várias instituições já aceitam crianças mais novas.

A psicóloga Vera Mendonça, do Colégio CBV, afirma que, ao completar 1 ano e começar a andar, a criança pode estar pronta para o ambiente escolar. “Nesse estágio, ela já está preparada para receber estimulações pedagógicas adequadas ao seu desenvolvimento”, explica.

A pedagoga Rebeka Botelho, coordenadora da Educação Infantil do CBV, complementa que muitas famílias optam por matricular crianças nessa faixa etária para proporcionar um ambiente enriquecedor. “Na escola, a criança desenvolve habilidades de fala, imaginação, cognitivas, motoras e sociais, interagindo com outras crianças e participando de atividades dirigidas. Isso é fundamental, especialmente em um contexto em que muitas vezes ficam limitadas às telas em casa”, afirma.

Rebeka também ressalta a importância de escolher um ambiente seguro. “É essencial que a família se sinta confortável em relação à higiene e segurança do local, além de observar a proposta pedagógica da escola”, destaca.

Esse momento pode ser desafiador para os pais, pois é a primeira vez que deixam os filhos sob os cuidados de outras pessoas. “É importante que os pais transmitam segurança para as crianças”, acrescenta a pedagoga.

Para facilitar a adaptação, a psicóloga sugere que as famílias visitem a escola antes da matrícula. “Visitar o espaço físico, conhecer a equipe pedagógica e trazer a criança para explorar o ambiente pode fortalecer a confiança. Isso torna o processo de adaptação mais tranquilo e leve”, afirma Vera.

As escolas desempenham um papel crucial nesta preparação das crianças e dos pais para essa transição. Vera menciona que muitas instituições promovem reuniões entre famílias e a equipe pedagógica para discutir o tema e oferecer orientações. “É importante que os pais entreguem a criança à professora de forma tranquila, explicando que voltarão para buscá-la. O choro na hora da separação é normal”, observa.

Mudanças no comportamento, como maior apego aos pais ou alterações no sono e na alimentação, são comuns durante essa fase. Vera recomenda que os pais mantenham uma rotina familiar estável. “Evitar mudanças significativas é fundamental para consolidar o processo de adaptação. Também é essencial incentivar a criança a pedir ajuda aos profissionais da escola, criando um vínculo”, orienta.

Algumas escolas permitem que as crianças levem objetos de apoio para a sala de aula durante o período de adaptação, o que pode ajudar na transição. Por fim, a adaptação deve ser gradual, aumentando os horários aos poucos. “À medida que a criança demonstra segurança, diminuímos a presença dos pais na sala de aula, permitindo que ela se habitue a uma nova rotina”, conclui Vera.

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