Administrado pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), o Parque tem como missão a proteção dos ecossistemas naturais, o incentivo à pesquisa científica e o fomento ao turismo sustentável. Com cerca de 2.000 registros de pinturas rupestres e vestígios de ocupações humanas com mais de 6 mil anos, o Catimbau é considerado o segundo maior parque arqueológico do Brasil, atrás apenas da Serra da Capivara, no Piauí.
A paisagem do vale impressiona não apenas por sua grandiosidade, mas também por sua diversidade. Cânions profundos, cavernas e formações esculpidas pelo tempo compõem um cenário de rara beleza, que atrai desde turistas e aventureiros até pesquisadores, ambientalistas e grupos espiritualistas. Não por acaso, o Catimbau também é conhecido como o “Vale da Cura” — título simbólico atribuído pela comunidade local e por visitantes que encontram no local um espaço de introspecção, conexão com a natureza e renovação interior.
Um dos pilares do turismo responsável na região é a Associação dos Guias do Parque Nacional do Catimbau, formada majoritariamente por moradores locais capacitados. Eles atuam como guias credenciados, conduzindo visitantes por trilhas, sítios arqueológicos e formações naturais, sempre com foco na segurança, conservação e valorização da cultura local. Além de gerar renda e fortalecer a economia da região, a associação é exemplo de turismo de base comunitária e contribui diretamente para a preservação ambiental e o combate à exploração predatória.
Além de sua relevância ambiental e cultural, o Parque Nacional do Catimbau se destaca como uma das principais reservas de Caatinga do Brasil, bioma exclusivamente brasileiro e historicamente ameaçado. A preservação dessa área é fundamental para a manutenção da biodiversidade regional e para o desenvolvimento de práticas sustentáveis que beneficiam diretamente as populações locais, incluindo comunidades quilombolas e indígenas que vivem no entorno da unidade de conservação.
Aberto à visitação, o parque oferece trilhas guiadas com roteiros que passam por mirantes naturais, sítios arqueológicos e formações rochosas com nomes sugestivos como Trilha do Santuário, Trilha das Torres e Trilha da Igrejinha. A visita ao Catimbau é uma imersão em história, natureza e espiritualidade — uma experiência singular no sertão pernambucano.