Durante o Novembro Azul, mês dedicado à conscientização sobre o câncer de próstata, o médico especialista em dor e acupuntura Helio Pinheiro, diretor da Intrador no Recife, chama atenção para um aspecto muitas vezes deixado em segundo plano no tratamento: o controle da dor. Segundo dados do INCA, o câncer de próstata é o tipo mais comum entre os homens brasileiros, com estimativa de 72 mil novos casos por ano.
Por que o controle da dor é essencial
“Tratar o câncer não é apenas combater o tumor, mas cuidar do paciente de forma geral. A dor não pode ser vista como algo inevitável, pois ela precisa ser avaliada e tratada com a mesma atenção dada às outras etapas da doença”, afirma Helio Pinheiro. Para o especialista, o manejo adequado da dor melhora o humor, o sono, o apetite e pode influenciar positivamente a resposta do organismo aos tratamentos oncológicos.
Abordagens integrativas que ajudam no alívio
O médico explica que terapias integrativas têm apresentado resultados promissores na redução da dor e na melhora da qualidade de vida dos pacientes. Entre as técnicas destacadas estão a acupuntura e a neuromodulação periférica. A acupuntura, por exemplo, estimula a liberação de substâncias analgésicas naturais e ajuda a regular a resposta do sistema nervoso, proporcionando alívio mesmo em casos de dor crônica.
Atuação multidisciplinar para melhor suporte
Estudos apontam que mais de 60% dos homens com câncer de próstata avançado relatam dor moderada ou intensa. Por isso, o acompanhamento por uma equipe multidisciplinar é essencial para um tratamento mais eficaz e humanizado. Entre os profissionais fundamentais estão:
- Oncologistas
- Especialistas em dor
- Fisioterapeutas
- Profissionais de apoio psicológico
Mensagem para o Novembro Azul
“Neste Novembro Azul, é importante lembrar que cuidar da dor é cuidar da vida. O tratamento completo vai além da cura: ele busca devolver dignidade, autonomia e qualidade de vida ao paciente”, reforça Helio Pinheiro. Cuidar da dor é parte integral do tratamento oncológico e deve ser prioridade nas rotinas clínicas e de suporte ao paciente.
