A economia verde será um dos temas centrais da COP 30, que será realizada em Belém do Pará, em novembro. O evento coloca o Brasil em destaque para apresentar soluções que conciliem desenvolvimento econômico, geração de empregos e preservação ambiental. Segundo o economista e contador Franz Petrucelli, professor da Wyden, a economia verde é essencial para as discussões da conferência e para o cumprimento das metas climáticas globais.
“A economia verde representa uma mudança de paradigma, buscando o crescimento econômico e a prosperidade social sem prejudicar o meio ambiente. A COP 30 coloca o Brasil em uma posição de destaque para demonstrar como a economia verde pode ser uma solução viável. A economia verde não é apenas um conceito teórico. É uma estratégia prática e indispensável para enfrentar a crise climática e promover um futuro mais justo e próspero. A COP30 será o palco ideal para mostrar como essa transição pode ser benéfica para todos”.
Entre os setores com maior potencial de gerar empregos verdes no Brasil, destacam-se a bioeconomia, energias renováveis, agricultura e pecuária sustentáveis, gestão de resíduos e circular, infraestrutura verde e construção civil sustentável. Esses segmentos não apenas contribuem para a mitigação de impactos ambientais, como também criam oportunidades econômicas em diversas regiões do país.
O economista destaca ainda que “O Brasil pode alavancar sua vasta abundância de recursos naturais, como sol, vento e biomassa, para construir uma matriz energética mais limpa e competitiva”. A expansão das energias renováveis é vista como um motor de crescimento econômico, capaz de gerar um grande volume de empregos e de posicionar o país na vanguarda da economia verde global.
Inovação, políticas públicas e capacitação profissional
De acordo com Petrucelli, a inovação tecnológica e políticas públicas bem estruturadas são essenciais para acelerar a transição para uma economia de baixo carbono. Incentivos fiscais, regulamentações ambientais e investimentos em pesquisa são ferramentas estratégicas para fortalecer a competitividade do Brasil. Além disso, a COP30 pode estimular a cooperação internacional, permitindo acesso a tecnologias e financiamentos de outros países.
O papel das universidades e centros de pesquisa também é destacado pelo especialista, que afirma que essas instituições são “a força intelectual por trás da economia verde. Eles são responsáveis por formar a próxima geração de líderes, cientistas e profissionais que não apenas entendem os desafios ambientais, mas também possuem as ferramentas e a visão para criar um futuro mais sustentável para o Brasil”.
Segundo o especialista, os profissionais que atuarem nesse novo cenário precisarão desenvolver habilidades técnicas e interpessoais, com foco em liderança e sustentabilidade. A formação adequada permitirá não apenas o aproveitamento das oportunidades de trabalho, mas também a atuação como agentes de transformação em políticas, tecnologias e práticas econômicas sustentáveis.
Petrucelli reforça que políticas públicas estratégicas, como regulamentação do mercado de carbono, tributação verde, combate ao desmatamento e financiamento de projetos sustentáveis, serão determinantes para consolidar o Brasil como líder na economia verde e garantir que a transição para uma matriz energética limpa resulte em emprego, renda e competitividade para o país.