O Dia Mundial da Menopausa, comemorado neste sábado (18), chama a atenção para as transformações hormonais que afetam o metabolismo, o peso corporal e a saúde óssea e cardiovascular. A alimentação é uma ferramenta essencial para amenizar sintomas, equilibrar hormônios e manter a qualidade de vida nessa fase.
Como a alimentação ajuda no controle dos sintomas
De acordo com a nutricionista especialista em Perimenopausa e Menopausa, Giovana Ramalho, uma dieta adequada pode auxiliar no controle de ondas de calor, melhora do sono, preservação da massa muscular e prevenção de doenças crônicas, como osteoporose e doenças cardiovasculares. Essas condições costumam ter maior incidência após a queda dos níveis de estrogênio.
Impacto direto dos alimentos nas alterações hormonais
“A alimentação tem um impacto direto na forma como o organismo responde às mudanças hormonais da menopausa. É preciso priorizar fontes de proteínas de qualidade, alimentos ricos em cálcio e vitamina D, além de incluir gorduras boas e fibras. Claro que para cada mulher, uma estratégia alimentar específica deve ser utilizada. Não existe receita pronta, mas, principalmente para quem não pode fazer reposição hormonal, por exemplo, podemos criar um protocolo que pode ajudar a manter o metabolismo ativo, preservar a massa magra e controlar sintomas comuns como irritabilidade e alterações no sono”, explica Giovana.
Orientações práticas para uma dieta equilibrada na menopausa
- Aumentar o consumo de proteínas magras como peixes, ovos e leguminosas para preservar massa muscular;
- Incluir fontes de cálcio e vitamina D para proteger a saúde óssea;
- Adicionar alimentos com fitoestrógenos como soja, linhaça e grão-de-bico para apoiar o equilíbrio hormonal;
- Priorizar gorduras saudáveis (azeite, abacate, oleaginosas) e fibras para controle metabólico e saciedade;
- Evitar excesso de ultraprocessados, açúcares simples e álcool, que podem agravar sintomas e dificultar o controle do peso;
- Adotar um estilo de vida alimentar sustentável e individualizado, preferencialmente com acompanhamento profissional.
Mais do que dietas restritivas, recomenda-se protocolos personalizados que integrem alimentação, sono, atividade física e suporte médico quando necessário para manter o bem-estar na menopausa.