Do ‘teste do chá’ ao ‘check-up’ do fermento — Ambev revela os segredos por trás da cerveja perfeita

por: André Vita

A alma de uma cerveja de excelência nasce muito antes do primeiro brinde. Começando com um grão de cevada, a jornada envolve ciência, tecnologia e cuidado em cada etapa. A Ambev abre as portas de suas operações e revela curiosidades que explicam por que rótulos consagrados chegam perfeitos ao copo.

Da cevada ao malte

A produção começa nos campos, em parceria com agricultores locais, para selecionar as melhores variedades de cevada. Na maltaria a cevada transforma-se em malte, a principal matéria‑prima que seguirá para as cervejarias, onde começa a verdadeira alquimia cervejeira.

Teste do chá e detecção de metais

Ao chegar à cervejaria, o malte passa por avaliações sensoriais e técnicas. Um dos primeiros procedimentos é o chamado ‘teste do chá’, em que degustadores analisam uma infusão dos grãos para checar aroma e sabor. Em seguida, potentes ímãs e equipamentos de limpeza removem resíduos metálicos, preservando a integridade do insumo.

Catracas de qualidade

O sistema de qualidade opera por uma hierarquia de análises: os Itens de Controle Liberatórios (ICLs) funcionam como verdadeiros portões em etapas críticas do processo. Só quando os ICLs são aprovados é que a produção avança, garantindo parâmetros consistentes do início ao fim.

Check‑up do fermento

O fermento é tratado como um atleta. Ele passa por três laboratórios — microbiologia, físico‑químico e sensorial — onde são avaliados vitalidade, viabilidade celular e pH. Especialistas até degustam amostras para confirmar aspecto e perfil. Só com o atestado verde o fermento é liberado para os tanques.

Exame final antes do envase

Antes de seguir para garrafas e latas, a cerveja pronta enfrenta uma bateria de testes finais. Em cada tanque são verificados parâmetros essenciais:

  • Quantidade e durabilidade da espuma
  • Cor conforme o padrão da marca
  • Brilho e limpidez
  • Teor de gás carbônico para refrescância ideal

O papel do CO₂ na conservação

Para proteger a cerveja do oxigênio, o CO₂ gerado na própria fermentação é captado e purificado a 99,99% antes de ser reincorporado. O controle de oxigênio chega a partes por bilhão (ppb), ajudando a manter o frescor por até seis meses, como se a cerveja tivesse saído naquele instante da fábrica.

Consistência global de marcas

Marcas globais como Budweiser e Corona mantêm padrão mundial. Amostras produzidas no Brasil são enviadas mensalmente ao exterior e avaliadas em testes cegos por key tasters. As notas brasileiras são comparadas com as dos especialistas globais para garantir calibração e consistência.

“Muitos se surpreendem ao saber que nosso fermento passa por um verdadeiro ‘check‑up’ antes de entrar no tanque, ou que a cerveja é degustada 16 vezes em diferentes etapas da produção antes que ela chegue ao consumidor. Nosso trabalho é uma mistura de ciência e paixão, onde cada detalhe, desde a seleção da cevada até o controle do oxigênio no envase, é pensado para garantir a qualidade e o frescor que o brasileiro encontra em uma Brahma gelada, por exemplo. É esse cuidado que nos rendeu mais de 1.300 medalhas em festivais pelo mundo nos últimos sete anos”, explica Alexandre Esber, mestre‑cervejeiro da Ambev e professor da Academia da Cerveja.

Um brinde que vai além do copo

O compromisso da Ambev com o Brasil também é econômico e social. A companhia investiu mais de R$ 10 bilhões no país nos últimos três anos, fortalecendo a cadeia produtiva desde a origem. É essa união entre tradição e inovação que mantém um portfólio diverso, preserva a cultura da cerveja e sustenta mais de 2 milhões de empregos na cadeia de valor.

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