A prática de exercícios físicos regulares durante o tratamento de câncer tem um papel importante nos desfechos clínicos e na qualidade de vida do paciente. Um estudo inédito liderado pelo oncologista da Oncoclínicas&Co, Paulo Bergerot, revela os benefícios substanciais de um programa remoto e supervisionado de atividade física com duração de 12 semanas no bem-estar e nos sintomas da doença em idosos com câncer no Brasil. Os resultados desta pesquisa serão apresentados no maior congresso de oncologia do mundo, o Encontro Anual da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (ASCO), que acontece em Chicago de 31 de maio a 04 de junho.
A pesquisa é pioneira ao avaliar o impacto deste programa de exercícios físicos em pacientes da terceira idade. Com a participação de 41 idosos, com idade média de 70 anos, foi prescrito um programa de atividades que incluiu exercícios de resistência e aeróbicos, realizados por 3 a 5 horas semanais (4 a 6 dias por semana). Os tipos de câncer mais comuns entre os integrantes do estudo foram mama (26,8%), genitourinário (22,0%) e pulmão (17,1%), todos diagnosticados em estágios avançados. De acordo com Paulo Bergerot, ficaram evidenciadas melhorias notáveis em vários aspectos. “Entre os benefícios relatados estão a redução de dor, fadiga e náusea, além de uma diminuição significativa nos níveis de depressão e ansiedade”, afirma o médico.
Os resultados mostram que a incorporação deste programa remoto de atividade física pode ser uma estratégia eficaz não apenas para melhorar o bem-estar geral, mas também para minimizar os sintomas adversos associados ao tratamento oncológico. “A implementação de projetos que estimulem a exercício físico no cotidiano dos pacientes idosos com câncer ou que proponham exercícios físicos podem representar um grande avanço oncologia e, certamente, pode ajudar sobremaneira na qualidade de vida dos pacientes e no manejo de efeitos colaterais de tratamentos em curso ou eventuais sequelas de tratamentos anteriores”, ressalta o pesquisador.
A conclusão do estudo reforça a recomendação da prática de atividades físicas para pacientes com câncer e destaca a importância de desenvolver programas que sejam acessíveis e personalizados, especialmente para a população idosa. “A prática de exercícios que já é bem estabelecida como medida preventiva a diversas doenças, incluindo câncer, deve cada vez mais ser vista como um componente de grande potencial, sendo capaz de contribuir significativamente durante o tratamento oncológico”, finaliza o oncologista.
Oncoclínicas na ASCO 2024
Assim como em outros anos, a Oncoclínicas&Co, um dos maiores grupos especializados no tratamento do câncer da América Latina, é destaque na ASCO 2024 com 37 participações. A presença brasileira conta com apresentação oral e em pôsteres, e também em sessões como painelistas e debatedores.
“A pesquisa clínica e a educação são instrumentos essenciais para tornar a saúde acessível a todos, independentemente dos limites territoriais. A Oncoclínicas vem avançando a passos largos para, de fato, contribuir nessa equação. Nesta edição da ASCO, contaremos com uma delegação de mais de 100 especialistas, que compartilharão conhecimento com a comunidade oncológica mundial na busca pelas melhores alternativas de cuidado para vencer o câncer”, afirma Bruno Ferrari, fundador e CEO da Oncoclínicas&Co.
Além disso, pela primeira vez a companhia contará com um stand na área de expositores do evento, um espaço dedicado a compartilhar avanços científicos e promover a interação direta com principais tomadores de decisão e influenciadores do setor. “O fortalecimento da nossa presença na ASCO 2024 é mais um passo que possibilita a formação de parcerias que podem acelerar o desenvolvimento e a implementação de novas frentes de combate à doença, beneficiando amplamente os nossos pacientes”, finaliza.