O primeiro semestre de 2025 marcou um resultado inédito para o Eixo Profissionalização da Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase). Neste período, foram emitidos 1.040 certificados de cursos e oficinas, o maior número já registrado desde o início das ações formativas na instituição.
Crescimento significativo nas certificações
A marca representa um salto significativo em relação aos semestres anteriores e evidencia o fortalecimento das iniciativas de qualificação profissional oferecidas aos adolescentes. Em 2023, por exemplo, haviam sido emitidos 791 certificados no primeiro semestre e 599 no segundo; em 2024, os números chegaram a 658 e 713, respectivamente. Além do volume expressivo de certificações, o índice de aproveitamento, que mede a relação entre inscritos e concluintes, ficou acima de 78%, reforçando a efetividade das formações.
Importância das certificações para o futuro dos adolescentes
A presidente da Funase, Raissa Braga, destacou o simbolismo do marco para a instituição: “esse resultado mostra que estamos no caminho certo ao investir na profissionalização dos adolescentes. Cada certificado entregue representa uma porta que se abre para novas oportunidades e para a construção de trajetórias de vida mais dignas. Nosso compromisso é ampliar cada vez mais esse alcance, garantindo que todos tenham acesso à formação e à esperança de um futuro melhor.”
Detalhes dos cursos oferecidos
Apenas este ano, entre janeiro e junho, foram ofertados 47 cursos em diferentes áreas, sendo 31 em parceria com o CIEE-PE e 16 junto a instituições como SENAI, SENAC, SENAR e Compesa. Os destaques ficaram para as formações em barbearia e corte de cabelo masculino; introdução à eletricidade residencial; informática; artesanato; eletrônica básica; horticultura e paisagismo.
Resultados notáveis nas unidades socioeducativas
De caráter introdutório, os cursos tiveram carga horária entre 20 e 80 horas e alcançaram todas as 22 unidades socioeducativas do Estado. Os destaques ficaram para o Case Timbaúba, com 132 certificados e o Case Muribeca, com 112. Vale ressaltar também que o Cenip Caruaru e Case/Cenip Arcoverde, atingiram o índice de aproveitamento de 100%. Já entre as formações, o curso básico de corte de cabelo masculino liderou em interesse e participação, seguido por artesanato em couro e pele (Senar), que registraram bons desempenhos dos adolescentes.
Depoimento de um adolescente beneficiado
Em depoimento, o adolescente M.D. comentou que esses certificados mudaram muito a forma como enxerga seu futuro. “Eu pretendo usar esses certificados para valorizar meu currículo, até porque já fiz um curso de elaboração de currículos. Meu objetivo é conquistar meu primeiro emprego enquanto termino os estudos. Já trabalhei antes, mas agora quero buscar algo melhor, talvez na área do empreendedorismo.”
Projetos futuros da Funase
Com a meta inicial de 1.500 certificados para todo o ano de 2025, a Funase já superou o objetivo no primeiro semestre e, para os próximos meses, estão previstas novas formações em áreas como culinária, construção civil e mecânica, em parceria com a Secretaria de Desenvolvimento Profissional e Empreendedorismo de Pernambuco (SEDEPE). Já para 2026, o Eixo Profissionalização projeta a interiorização das ações formativas, com a abertura de Parques Profissionalizantes em Caruaru e Garanhuns, além da realização das Caravanas Profissionalizantes, que ampliarão o alcance das capacitações em unidades mais distantes, como Arcoverde e Petrolina.
Impacto das formações no mercado de trabalho
Segundo Valdir Peixoto, coordenador do Eixo Profissionalização, os resultados alcançados simbolizam um marco na história da Funase. “Atingir a marca histórica de mais de mil certificados emitidos em um único semestre representa a concretização de um trabalho cuidadoso, desenvolvido em equipe, e demonstra o impacto do investimento da Funase no processo de inclusão social produtiva dos adolescentes. Quanto mais capacitados, maiores são as chances de inserção no mercado de trabalho e, consequentemente, de transformação em suas condições socioeconômicas.”