Separar o que é real do virtual é cada vez mais difícil num mundo tomado pelas tecnologias. As horas nas filas de espera de bancos e supermercados foram substituídas por operações rápidas em aplicativos. As compras podem ser feitas de forma online, bem como assistir filmes e séries; trabalhar; realizar consultas médicas, terapias, tudo é realizado pelo acesso online. Diante dessa crescente virtualização da vida, há espaço para subjetividade na era da Inteligência Artificial? A partir dessa questão, no próximo dia 29, às 20h, a Faculdade Nova Roma, realiza no seu campus em Boa Viagem, o evento On vs Off: como conciliar? com a proposta de um debate sobre tecnologias, virtualização da vida e como isso tudo pode afetar o indivíduo. As inscrições gratuitas já podem ser feitas pelo link http://novaroma.edu.br/psi-ti
“No campo da Psicologia não seria diferente. É do nosso interesse compreender como a mente as tecnologias se relacionam, pensando, por exemplo, a Inteligência Artificial para interagirmos de forma mais saudável com as virtualidades”, explica a psicóloga e coordenadora de Psicologia da Faculdade Nova Roma, Juliana Keila, que junto com o professor Davi Maia, dos cursos de ADS e Ciência da Computação, ministrarão o curso. Serão abordadas questões como: As máquinas e as mentes interagem? Nossa subjetividade é influenciada pela era da Inteligência Artificial?; As tecnologias são neutras?; É possível separar o real do virtual?
Ainda segundo Juliana Keila, torna-se cada vez mais difícil separar a vida real do mundo virtual. “As dimensões de onde começaria uma e terminaria outra perde-se num movimento rápido de ligar um smartphone, utilizar um computador, se comunicar com a assistente virtual ao acordar. A construção das relações humanas também não foge a regra, tem sido cada vez mais frequente que as pessoas desenvolvam contatos humanos mediados pelas telas, através de aplicativos de relacionamentos, tanto buscando relacionamentos amorosos quanto para fazer amizades. A forma de estudar, realizar trabalhos acadêmicos, também tem sofrido revoluções com o processo de digitalização e virtualização da vida. O ChatGPT, por exemplo, chatbot online de inteligência artificial que produz respostas sobre determinados assuntos, têm dividido opiniões em relação aos seus benefícios ou malefícios aos processos educacionais”, explica a especialista.