O setor de logística desempenha um papel crucial na cadeia de suprimentos, movimentando mercadorias de um ponto a outro com eficiência e rapidez. Porém, por trás do funcionamento desse setor, em crescimento desde a impulsão no período da pandemia, há um aspecto fundamental que não pode ser negligenciado: a segurança do trabalho.
De acordo com o Painel de Informações e Estatísticas da Inspeção de Trabalho no Brasil (SIT), elaborado pelo Ministério do Trabalho, alguns profissionais que atuam nessas operações estão entre os que mais sofrem acidentes de trabalho no país, a exemplo dos motoristas de veículos de carga e os trabalhadores de cargas e descargas de mercadorias, que aparecem entre as 10 ocupações com mais registros de lesões no Brasil.
Um dos motivos que podem levar a essa estatística é um crescimento sem planejamento e falta de investimento no setor de segurança das empresas. Em Pernambuco temos um exemplo positivo de como implantar uma cultura segura no setor pode fazer o crescimento acontecer de forma sustentável, e eliminar riscos através de informação. Estamos falando do Grupo Trino, que tem expandido sua atuação em novos setores e estados do Brasil, mas sem deixar que o cuidado seja deixado de lado, pois todos entendem que o maior bem que lidam diariamente é a vida de cada um que forma a empresa.
A segurança do trabalho desempenha um papel vital no setor de logística, garantindo que as operações ocorram de forma eficiente e, o mais importante, segura. O Grupo Trino investe na formação contínua de seus funcionários e promove uma cultura de segurança que vai além das normas regulatórias. Essa abordagem não apenas protege vidas, mas também contribui para o sucesso sustentável da empresa. A segurança é um compromisso que todos compartilham, e é essencial para que todos retornem a suas casas com saúde e segurança.
Treinamento e conscientização
A base da segurança no Grupo Trino começa com a integração de funcionários e clientes, onde são apresentados os processos da empresa em cada operação. Um dos elementos-chave desse processo é o DDS (Diálogo Diário de Segurança), que visa conscientizar os funcionários sobre os processos de segurança ideais para cada tipo de trabalho. Isso inclui o uso correto dos Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) e a internalização das “regras de ouro” da empresa.
Além disso, o técnico de segurança do trabalho do Grupo Trino, Anderson Dutra, conta que são realizados treinamentos práticos e teóricos em equipamentos como empilhadores, transpaletes, plataformas elevatórias e altura (NR35) e brigada de emergência. Esses treinamentos visam não apenas cumprir requisitos regulatórios, mas, o mais importante: qualificar os funcionários, potencializando a segurança no trabalho e reduzindo o risco de acidentes.
Reciclagem e atualizações
Os treinamentos não se limitam à fase de integração. Eles são regularmente atualizados e incluem reciclagens, garantindo que os funcionários estejam sempre qualificados com as melhores práticas e regulamentações de segurança. Anderson enfatiza que a segurança do Grupo Trino é uma busca constante pela excelência.
Além de ser o responsável por ministrar a maioria dos cursos, incluindo os de força motriz e brigada de emergência, Anderson reconhece como fundamental a dedicação da equipe de liderança em garantir que os funcionários estejam preparados para enfrentar situações de risco.
O olhar de segurança do Grupo Trino não se restringe à área de trabalho. É um conceito geral que enfatiza que todos os funcionários são agentes de segurança. Essa abordagem visa criar um ambiente seguro e saudável, promovendo a conscientização de todos de forma coletiva e não individual, pois quando você cuida de si e do outro, garante que toda aquela comunidade não seja impactada. “Não se trata dessa questão apenas como uma responsabilidade dos técnicos de segurança, mas de todos”, afirma Anderson.
Uso de tecnologia a favor
A logística moderna faz uso de equipamentos informatizados, como transpaletes que minimizam o contato físico com as cargas. Isso não apenas otimiza o tempo e agiliza o trabalho, mas também reduz o risco de lesões. A inserção de softwares e equipamentos que reduzem riscos de trabalhos manuais de conferência e estocagem, por exemplo, além de evitar acidentes permitem que mais mulheres sejam inseridas em setores antes ocupados quase na totalidade por homens.
Natália Gomes, coordenadora de segurança do trabalho, está há 12 anos no Grupo Trino, e pontua que, cuidar da segurança pelo Brasil, se torna mais desafiador, “já que a gente não está próximo pra trabalhar direto com a equipe”. Por esse lado, ela cita a importância de poder contar com a liderança de cada operação para cobrar que as normas de segurança sejam executadas no dia a dia. “A gente acredita na formação dos nossos profissionais e o alinhamento que fazemos desperta a conscientização das pessoas para que as normas internas e externas sejam aplicadas, resultando na prevenção de acidentes”, enfatiza Natália.
A coordenadora também aponta que o ambiente de trabalho é a segunda casa de cada trabalhador, por isso a importância de se criar um ambiente acolhedor, “que se preocupa com a saúde e segurança das pessoas, pra fazer com que a gente chegue e a gente volte pra casa bem”. É com essa consciência que o Grupo Trino se aproxima de 1.500 dias sem registrar acidentes, e desperta em todos a atenção para os cuidados necessários.